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A Poesia do Drible

"Um pouco mais de sol - eu era brasa, Um pouco mais de azul - eu era além. Para atingir, faltou-me um golpe d'asa... Se ao menos eu permanecesse aquém..." - excerto de "Quasi", de Mário de Sá Carneiro

"Um pouco mais de sol - eu era brasa, Um pouco mais de azul - eu era além. Para atingir, faltou-me um golpe d'asa... Se ao menos eu permanecesse aquém..." - excerto de "Quasi", de Mário de Sá Carneiro

A Poesia do Drible

12
Fev25

Tudo ao molho e fé em Gyokeres

UPs!…


Pedro Azevedo

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O jogo com o Borussia Dortmund acentuou os méritos do Centro de Medicina de Recuperação, vulgo Unidade de Performance, sito em Alcoitão, perdão, Alcochete (juro solenemente a partir de hoje exortar a nossa UP tantas vezes quantas o Rui Borges usa a muleta "nesse sentido"). Nesse sentido, o que pode por vezes não fazer sentido nenhum, o plano correu na perfeição: o Gyokeres e o Morita conseguiram jogar sem canadianas (um tipo diferente de muleta) e não cair para o lado, e o Trincão ainda respirava no fim do jogo segundo informações não-oficiais. Miúdos novos, como o Quenda a o Simões abandonaram o terreno de jogo com débeis, porém encorajadores, sinais vitais, o mesmo ocorrendo com o Bragança. O Pote, qual antigo presidente soviético, voltou a ser avistado na Tribuna para desmentir rumores e assegurar a todos que ainda se encontra entre nós. Pelo que ninguém se aleijou ou faleceu, logo, prova superada.

Desconfio, porém, que a famosa UP não seria tão realçada se um dia o nosso presidente não tivesse descoberto em João Pereira um treinador que em 4 anos estaria num colosso europeu. É que à hecatombe de resultados seguiu-se o massacre das lesões, e esse é um aspecto que vejo menorizado na análise a esse período singular na nossa história recente. Terá havida uma evolução colossal nos métodos de trabalho e agora estaremos a pagar as favas? Ou será que, pelo contrário, estarei a ser injusto porque o planeamento de início da época não contemplou o excesso de jogos para a Champions nesta fase e consequente erosão física dos nossos jogadores mais utilizados? Seja como for, em consequência, sem mãos a medir, logo a UP montou um colossal hospital de campanha, prática habitual em bombardeamentos em tempos de guerra (experiência afegã) ou ataques terroristas em larga escala como o que o Manchester United operou em Alvalade. Desengane-se o Leitor que pensar que um hospital de campanha é uma coisa má. Nada disso, no nosso caso deve ser encarado como um reforço da Estrutura (muito abalada após a saída de quem um dia fez entrar Bolasie, Jesé e Fernando em Alvalade),, termo tantas vezes usado pelo nosso presidente quanto o "nesse sentido" do nosso treinador ou, simplesmente, "nesse sentido" usado pelo nosso presidente, se é que isso para Vós faz algum sentido. Eu, cá, sinto muito. 

Enquanto a bola de cristal da Alcina Lameiras, a dedução do Detective Correia, a boia de salvação do Instituto de Socorros a Náufragos e a sabedoria milenar do almanaque Borda d'Água combinam esforços para debelar a lesão muscular de Pote em 4 meses e reaver os ligamentos de Nuno Santos em.quem sabe, 4 anos, o pobre do adepto chora a inação no mercado de inverno. Dizem-me que a versão oficial é a de que não precisamos de reforços porque os reforços estão cá dentro, a recuperar..A ideia, não sendo original, tem os seus méritos. O problema é o tempo de recuperação. Por exemplo, se esses reforços estiverem recuperados aquando do início do campeonato do mundo de clubes, competição da qual o Sporting se auto-excluiu e continuará no futuro a excluir-se por má interpretação do lema do seu fundador, então esses reforços não nos serão úteis para a época ainda em vigor, o que poderá pôr em causa o campeonato nacional. Mais preocupantemente, enquanto os jogadores, um a um, vão caindo que nem tordos, o que é uma coisa que nunca se espera de um leão (nós sabemos que "por cada leão que cair, outro se levantará", mas nada nos disseram sobre como isso se processa com os tordos), ninguém sabe ao certo de que maleitas padecem. Todavia, como das ameaças podemos fazer oportunidades, quem sabe se não estará aqui uma fonte futura de receitas. Eu explico: emitiam-se umas rifas entre todos os Sportinguistas, convidava-se a participar o sindicato dessa classe ávida por saber novidades como é a dos jornalistas e por um valor X todos podiam tentar acertar na lesão dos jogadores Y, Z e por aí adiante. Essa espécie de loto poderia depois ser incrementada com um quiz semanal em que os apostadores identificariam quem seria o próximo jogador a tombar, a ir para o estaleiro. O prémio para o melhor palpite, a atribuir no final da época, seria uma semana de férias na famosa Unidade de Performance, departamento certificado pelo Instituto de Medicina Legal. Estou certo de que arrecadaríamos uma maquia que dispensaria a venda futura dos nossos melhores jogadores, no caso de eles conseguirem chegar a esse futuro que agora parece tão longínquo (aviso ao vencedor: neste verão, durante as tais férias, se passar pelo Auditório Artur Agostinho e aí encontrar o nosso Rui Borges ainda a perorar sobre "O Viktor..." não fique incomodado, lembre-se de que é sinal de que o caro vencedor sobreviveu aos tratamentos da nossa UP). 

Ah, já quase me esquecia que houve um jogo. Ou um mini-jogo, na medida em que teve a duração de 45 minutos...

 

Tenor "Tudo ao molho...": Maxi Araújo 

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