Tudo ao molho e fé em Gyokeres
La vie en rose
Pedro Azevedo
De um Evangelista espera-se que proclame a boa nova. Assim foi com Mateus, João, Lucas ou Marcos. O Armando quis seguir-lhes os passos, mas o Gyokeres ditou-lhe um novo testamento.
Em Tractatus Logico-Philosophicus, Wittgenstein descreve que uma proposição é tão figurativa da realidade quanto uma maquete o é de um edifício. Ora, se o Leitor se recorda, na minha última crónica eu já havia anunciado ser impossível parar Gyokeres dentro da legalidade. Ontem voltou a provar-se que tal proposição é representativa da realidade: assim como um pai que faz girar o filho numa roda de um parque infantil, empurrando ora num sentido, ora noutro, o Gyokeres deixou um defesa fanalicense almariado. De seguida, não deu hipótese ao guarda-redes. Para o Gyokeres, é tão fácil como brincar com meninos. Estava aberto o marcador em Famalicão. Depois, o miúdo Quenda fez-se grande e tornou-se o mais jovem jogador da história do Sporting a marcar na Primeira Liga. Não querendo ficar atrás, outro produto da nossa Formação (Inácio) fechou a conta.
Se o verde original do nosso equipamento representa a esperança, ontem em Famalicão vimos "La vie en rose": 9 jogos, 9 vitórias, primeiro lugar isolados no campeonato. E a águia nem pia(f)...
Tenor "Tudo ao molho...": Gyokeres