Cá e lá
Pedro Azevedo
Na visita do Arsenal a St James Park houve um claro argumento para que os Gunners reclamassem 3 grandes penalidades não assinaladas a seu favor, todas elas muitíssimo mais nítidas do que aquela putativa que o Benfica reclama ter havido a favor do Estoril (e contra o Sporting). A verdade é que os protestos esgotaram-se durante o tempo do jogo, pelo que os seus ecos não durarão nem servirão para a criação de narrativas conspirativas e de vitimização, independentemente daquele que foi o critério seguido pelo árbitro (e VAR). E porquê? Porque se confia na arbitragem e aceita-se o erro, não há dúvidas acerca da idoneidade dos árbitros e aqueles que não seguem um comportamento ético, ainda que não relacionado com a viciação de resultados, são imediatamente afastados. Mas isso acontece em Inglaterra, o Start-of-Art futebolístico dos nossos dias. Já em Portugal, estamos na Idade Média, para não dizer que no tempo dos cromagnons e suas pinturas rupestres (há comentários que recebo neste blogue e envio imediatamente para o lixo que são menos elaborados que essa arte de caverna). Não se valoriza o futebol, duvido até que se goste de futebol. Gosta-se do clube, isso sim, e de ganhar, seja a que preço for, condicione-se o que tiver que se condicionar (basta analisar as eleições do Benfica e ouvir o que os candidatos dizem sobre essa matéria). No fim, o produto Futebol Inglês é altamente conceituado e o Futebol made-in Portugal, pese embora todo o talento do jogador nacional (os jogadores são o melhor que o futebol tem), não passa da cêpa torta. É o que é - como diria o outro.
